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Angelo Cogliati
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Angelo Cogliati, italiano, nasceu na cidade de Seveso – Milão em 27 de junho de 1915. Interessou-se desde criança pelas artes plásticas o que o levou ainda muito jovem à Real Academia de Brera - Milão onde estudou pintura com o pintor W.Ranghieri, escultura com o Prof. Poliaghi e afrescos e murais para igrejas com o Prof. Aristide Albertella, especialista nessas técnicas.

            Uma das primeiras participações artísticas de Angelo Cogliati foi no ano de 1938 na mostra do beato Angélico, Artesanato Provincial e Mostra dos Independentes de Milão. Ganhou muitos prêmios da escola de pintura de Brera e também expôs no Sindicato dos Artistas Plásticos. Realizou também nesse mesmo ano várias exposições individuais.

            Em 04 de julho de 1947, depois de haver participado da segunda guerra mundial, desembarcou no Brasil, fixou residência em São Paulo e dedicou-se exclusivamente às artes plásticas com destaque para a pintura e escultura.

            Logo no ano de sua chegada expôs no Teatro Municipal de São Paulo com grande sucesso. Outras exposições foram realizadas nos anos seguintes.

            Em 1952 apresentou suas obras no Rio de Janeiro, tendo participado desde então em diversas exposições coletivas.

            Artista completo, professor e cavalheiro da Legião D’oro, Angelo Cogliati nunca parou durante seus quase 54 anos de vida artística no Brasil. Pintura e Escultura sempre despertaram suas principais atenções, mas, também foi exímio desenhista, designer de móveis e entalhador, paixão que herdou de seu pai Luigi Cogliati, próspero industrial do ramo moveleiro na cidade de Seveso, Milão – Itália.

            Angelo Cogliati tem pinturas não somente em telas, mas também sobre tecidos e móveis o que confere a sua arte uma extraordinária multiplicidade de gêneros.

            Desenhava com fidelidade os motivos que lhe eram propostos, ou que ele mesmo escolhia, mostrando sempre uma grande inclinação para os temas clássicos. Desde o desenho e a pintura, passando pelos afrescos, vitrais e pela escultura, Angelo Cogliati sempre foi um artista que em cada trabalho revelava uma inconfundível maestria tanto no desenvolvimento dos traços como nos jogos de cor e luz que alegravam ou sombreavam seus quadros.

            Não se pode dizer desse artista que era um acadêmico conservador porque sempre foi tão grande a diversidade dos seus temas que se renovavam constantemente de quadro em quadro, de escultura em escultura, de afresco em afresco e até mesmo em cada móvel que pintava, transformando-os em verdadeiras obras de arte. Nenhuma obra repete a outra, nem o motivo, nem a cor ou a luz, por isso é que sendo clássico os seus trabalhos documentavam sempre uma permanente mutação. Como ele mesmo dizia: ”--- A arte é uma vocação natural, você já nasce com ela no sangue como se estivesse predestinado. Arte é sentimento puro”. É exatamente esse sentimento que o artista Angelo Cogliati transmitia em suas obras fossem elas pinturas a óleo, entalhes em madeira, esculturas, afrescos ou vitrais. “Minha preocupação (dizia ele), é fazer um quadro que agrade a todos os gostos. O tema principal é o amor. Projeto a ambientação na minha cabeça e passo para a tela; sou um entusiasta do classicismo”. Usando sua imaginação e fantasia, obtinha resultados de rara beleza.

            Morador do bairro de Vila Mariana desde 1949, quando se casou, recebeu uma das mais belas homenagens que um artista pode receber; a prefeitura na época batizou o quarteirão onde se localiza sua casa de “Quadra Angelo Cogliati”, o que o transformou em patrimônio do bairro.

AS OBRAS

            Os trabalhos de Angelo Cogliati estão hoje dispersos por todo o Brasil e alguns foram até mesmo para o exterior embora as primeiras coleções se encontrem em São Paulo e Rio de Janeiro nas mãos de colecionadores particulares. Afrescos, murais e vitrais estão em vários templos paulistas e também em outras cidades do País.

            As pinturas das arcadas da fachada e do interior da Igreja Ortodoxa do Paraíso (na Rua Vergueiro) foram executadas por ele, assim como são de sua autoria a Via Crucis da Igreja de São Francisco (centro de São Paulo)  e pintura da Santa Generosa na Igreja Santa Generosa (na Av. Bernardino de Campos) e a pintura em óleo sobre tela da Santa Filomena na Igreja do Santíssimo Sacramento (na Rua Tutóia).

            A pintura de Santa Catarina, um quadro a óleo sobre tela, encontra-se exposto na diretoria do Hospital Santa Catarina, na Av. Paulista.

            Retratou também a vida de São Camilo num quadro a óleo sobre fórmica que se encontra exposto no Hall de entrada do Hospital São Camilo (Av. Pompéia n. 1178).

            Uma de suas principais esculturas encontra-se em Campo Grande (Mato Grosso do Sul). Trata-se de homenagem a uma personalidade política de relevo na região, Dr. Vespaziano Martinez.

            Há também várias estátuas e bustos em bronze e mármore que saíram do cinzel de Angelo Cogliati e hoje encontram-se espalhadas por muitas cidades brasileiras.

            Angelo Cogliati, artista plástico catalogado no livro de Julio Louzada, faleceu dia 01 de Janeiro de 2004 com 88 anos de idade, deixando imortalizadas suas obras por todo o País.

 

                                                                                             

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